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esgrima é praticada há milhares de anos, como comprovam as gravuras representando esgrimistas encontradas num templo perto de Luxor, no Egipto, datadas de 1190 a.C. Entre os séculos XVI e XVIII, os duelos eram comuns e eram utilizadas diferentes armas em combates sangrentos e ocasionalmente fatais.
Atualmente, trata-se de uma modalidade desportiva com regras de segurança e equipamentos de proteção adequados à sua prática, em que dois atletas empunhando armas numa das mãos se enfrentam procurando atingir o adversário numa área válida do corpo. A esgrima pode ser disputada em três armas, correspondentes aos eventos que integram o Programa dos Jogos Olímpicos:
espada,
florete e
sabre.
As armas diferem entre si no aspeto físico, mas sobretudo pelas regras aplicáveis:
A espada e o florete são armas de estocada, isto é, os toques têm que ser realizados com a ponta da arma. O sabre é uma arma de corte, pelo que, os toques podem acontecer com o gume ou com o contra gume da lâmina.
A área válida de toque para o florete é o tronco, incluindo as costas, e para o sabre incluem-se também os braços e a cabeça. Para a espada, a área válida é o corpo todo.
O florete e o sabre são armas convencionais, porque existe uma regra que define que o toque é atribuído ao atleta que tem a prioridade do ataque, no caso de ambos tocarem. Se os atiradores atacarem ao mesmo tempo, não é ponto para nenhum deles. Na espada, o ponto é atribuído ao atleta que tocar primeiro e, se tocarem ao mesmo tempo, é atribuído um ponto a cada um.
A
esgrima é uma das modalidades que sempre fez parte do Programa dos Jogos Olímpicos. Foram disputadas provas masculinas de florete e sabre na primeira edição, em Atenas 1896, e as de espada surgiram em Paris 1900. As provas femininas de florete entraram no Programa em 1924, as de espada na edição de Atlanta 1996 e, por fim, as de sabre foram incluídas a partir dos Jogos Olímpicos Atenas 2004.
Participação Portuguesa
Primeira participação de atletas portugueses:
Fernando Correia competiu na prova de espada na estreia de Portugal nos Jogos Olímpicos, em Estocolmo 1912.
Primeira participação feminina:
Maria José Nápoles nos JO Roma 1960, em florete.
Nesta modalidade, uma equipa composta pelos atletas
Mário de Noronha,
Paulo d’Eça Leal,
Jorge Paiva,
Frederico Paredes, João Sasseti e
Henrique da Silveira conquistou a medalha de bronze na prova de espada por equipas dos Jogos Olímpicos de Amesterdão 1928.
* Elaborado com informações e textos traduzidos do Comité Olímpico Internacional, Comités Organizadores dos Jogos Olímpicos e Comité Olímpico de Portugal