18.10.2021 | Cerimónia de Acendimento da Chama dos Jogos Olímpicos de inverno Pequim 2022
A Chama Olímpica dos Jogos Olímpicos de inverno Pequim 2022 foi acesa esta segunda-feira em Olímpia, na Grécia, numa cerimónia que marca o início da sua viagem até à China, onde a 4 de fevereiro de 2022 começarão os Jogos.
Como um símbolo de paz, unidade e solidariedade, a Chama Olímpica transmitirá os valores do Olimpismo a todos aqueles que com ela se cruzarem, criará expectativa entre os fãs e inspirará milhares de atletas que se preparam para os Jogos Olímpicos.
O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e vários convidados estiveram presentes, entre os quais se encontrava a presidente da República da Grécia, Katerina Sakellaropoulou.
“No nosso frágil mundo, onde a divisão, o conflito e a desconfiança estão em alta, os Jogos Olímpicos constroem pontes, nunca erguem paredes”, disse Thomas Bach. “A base para que os Jogos Olímpicos antigos ocorressem em paz foi uma trégua sagrada - a ‘ekecheiria’. Essa trégua olímpica garantiu o fim das hostilidades, permitindo que atletas e espectadores viajassem em segurança para Olímpia e regressassem a casa. A ‘ekecheiria’ demonstra que já os antigos gregos entendiam que para os Jogos Olímpicos desenvolverem o seu poder unificador deveriam estar acima de qualquer conflito político. Já há 3000 anos existia um elo indissociável entre os Jogos Olímpicos e a paz. Esta missão de paz, que nos é transmitida desde a Antiguidade, exige que os Jogos Olímpicos sejam respeitados como um terreno politicamente neutro. Somente essa neutralidade política garante que os Jogos Olímpicos possam ficar acima e além das diferenças políticas que existiam nos tempos antigos, bem como hoje.”
Falando da cidade-sede dos Jogos Olímpicos de inverno, Thomas Bach acrescentou: “Pequim vai escrever história como a primeira cidade a sediar as edições de verão e inverno dos Jogos Olímpicos. Os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022 irão ligar o povo chinês com o mundo, envolvendo 300 milhões de pessoas com as modalidades de neve e de gelo, mudando o desporto de inverno para sempre.”
Representando o Comité Organizador de Pequim 2022, Yu Zaiqing disse: “A Chama Olímpica representa a nossa busca inabalável pela excelência, destaca a determinação de nos desafiarmos sempre nos nossos limites e de nos superarmos. E ilumina o caminho que temos pela frente, para superar as dificuldades com maior solidariedade e cooperação. No contexto da doença do coronavírus, a Chama Olímpica trouxe-nos confiança, calor e esperança. Tem sido uma fonte de força na nossa luta para derrotar a pandemia.”
A cerimónia tradicional de acendimento, realizada perto do Templo de Hera, celebra a herança grega dos Jogos Olímpicos, ligando os Jogos modernos às suas origens históricas. Depois de acesa pela Alta Sacerdotisa, a Chama Olímpica começou a sua viagem pela mãos do esquiador grego Ioannis Antoniou, um atleta olímpico que também assumiu o papel de primeiro portador da tocha nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi 2014. A chama foi então passada para o olímpico chinês Li Jiajun, vencedor de cinco medalhas (duas de prata e três de bronze) em Patinagem de velocidade, nos Jogos Olímpicos de inverno de 1998, 2002 e 2006 .
Após a cerimónia, a Chama Olímpica é transportada para o Estádio Panatenaico de Atenas, onde no dia 19 de outubro acontecerá a entrega oficial ao Comité Organizador de Pequim 2022, antes da partida para a China.
Cerca de 2.900 atletas, representando aproximadamente 85 Comités Olímpicos Nacionais, competirão nos que serão os Jogos Olímpicos de inverno com maior equilíbrio de género da História, entre 4 e 20 de fevereiro de 2022.
Fotografias: Comité Olímpico Internacional